
O fim de um relacionamento deveria trazer alívio, certo? Mas, muitas vezes, ao fechar a porta para aquela história, o coração insiste em bater mais forte no silêncio. A saudade chega como uma visita inesperada: bate à porta, se recusa a ir embora e, de repente, tudo — uma música, um cheiro, uma esquina — lembra o que já foi.
Sentir falta de quem já não faz mais parte da nossa vida não é fraqueza nem sinal de indecisão. É prova de que algo foi intenso e genuíno. É o eco das risadas compartilhadas, dos sonhos trocados e até das brigas que, quando passadas, se tornam histórias doces de construir. Saudade não é saudade só dos momentos bons — às vezes, é a falta do aprendizado, do crescimento que a relação trouxe.
Mas como seguir em frente quando o coração ainda pulsa por “nós”? Primeiro, reconheça a saudade. Diga a si mesma: “Sinto falta dele, da nossa história.” Não negue o que sente nem se puna por isso. Acolha essa emoção como parte do processo de cura.
Depois, reflita: o que exatamente você sente falta? É da companhia? Do cuidado? Dos planos? Identificar o que realmente faz falta ajuda a entender suas necessidades hoje. Talvez você descubra que quer mais intimidade, mais confiança ou simplesmente mais leveza na vida.
Use essa saudade para se reencontrar. Converta o espaço antes ocupado pelo outro em espaços de autorreflexão, de autocuidado, de novos aprendizados. Permita que as lembranças se transformem em combustível para seu próprio crescimento.
Com o tempo, a saudade ainda pode bater — mas ela virá acompanhada de gratidão pelo que foi e pela certeza de que, agora, você está pronta para construir algo novo, com quem realmente se alinha ao seu coração.


