
Ninguém fala sobre como o amor próprio, às vezes, também machuca.
Sim, amar a si mesma é libertador, mas escolher por você pode significar abrir mão de alguém que você ainda ama. Pode significar ir embora mesmo com o coração apertado, mesmo com vontade de ficar. É o tipo de dor silenciosa que muita gente não entende — porque do lado de fora, parece que foi você quem “terminou”. Mas por dentro, há um luto profundo por uma história que não deu certo, apesar dos sentimentos.
Dar um fim em uma relação que te fazia mal é um ato de coragem. Mas ninguém conta que, muitas vezes, essa coragem vem acompanhada de culpa, medo e saudade. A gente se pergunta: “Será que eu tentei o suficiente?”, “E se ele mudar agora que eu fui embora?”, “E se eu me arrepender?”
A verdade é que não existe recomeço sem uma dose de dor. Escolher a si mesma pode significar caminhar sozinha por um tempo, mas isso não é solidão — é reencontro. É nesse silêncio que você começa a se ouvir de novo. A lembrar do que gosta, do que sonha, do que precisa para ser feliz de verdade.
Você não é fraca por sentir falta. Não é errada por lembrar com carinho de momentos bons. Mas é forte, sim, por reconhecer que aquilo não bastava. Que amor não deve ferir, diminuir ou cansar.
Então, se você está vivendo esse luto silencioso, respira fundo. O vazio que agora assusta, amanhã vai se transformar em espaço para o novo. Você não perdeu — você se escolheu. E isso, com o tempo, vira a maior prova de amor que você pode dar a si mesma.


