
Talvez você tenha se perdido de si mesma aos poucos.
Foi quando começou a aceitar o que não queria, a silenciar o que sentia, a adiar os próprios sonhos. Talvez por amor, por medo, por costume. Talvez porque disseram que era assim mesmo — que mulher precisa ser compreensiva, flexível, forte. Que é bonito se doar. Que é egoísmo se priorizar.
E então, um dia, você acordou e não se reconheceu mais. Onde estavam seus sonhos? Seus desejos? Seu brilho?
Mas deixa eu te contar uma coisa: a mulher que você era ainda mora aí dentro. Talvez em silêncio. Talvez triste. Mas viva. Esperando que você a escute. Que você a escolha.
Ela é aquela que dançava sem medo de parecer boba. Que ria alto. Que tinha planos — mesmo que chamassem de loucura. Aquela que se apaixonava por livros, por músicas, por viagens. Que chorava quando precisava, que dizia “não” sem culpa, que tinha brilho no olhar.
Ela ainda existe. E ela não está longe — só foi sendo abafada por todas as vezes que você colocou os outros em primeiro lugar.
Recuperar essa mulher não é voltar ao passado. É se reconectar com sua essência. É lembrar do que te move. É se dar permissão para ser inteira de novo, mesmo que isso assuste quem se acostumou com a sua metade.
Você não precisa mais se esconder. Nem se moldar. Nem se calar.
Voltar pra si mesma é o maior recomeço que existe.
E talvez seja exatamente disso que você esteja precisando agora: de você.


