
Você já se pegou tentando consertar alguém?
Dando o melhor de si, acreditando que, com tempo e paciência, o outro vai mudar? Vai aprender a te amar do jeito que você precisa? Vai perceber tudo o que você faz, tudo o que você é?
A gente insiste porque aprendeu a amar com esperança. Porque, às vezes, o pouco que recebemos parece melhor do que o nada. E porque, no fundo, acreditamos que o amor é capaz de curar tudo — até o que não é nosso pra curar.
Mas quando alguém não está pronto pra amar, não importa o quanto você se doa. Você pode se desdobrar, se adaptar, se calar… e ainda assim vai parecer demais, pesado, exigente. Porque o problema nunca foi o quanto você ama. É o quanto o outro consegue — ou não — se abrir pra viver um amor de verdade.
E isso não é sobre você.
Não é sobre o seu valor, nem sobre o quanto você “merece” ou “precisa melhorar”. É sobre as feridas do outro. Sobre os muros que ele construiu. Sobre a bagagem emocional que ele ainda carrega e não soube — ou não quis — deixar no passado.
É doloroso perceber que o amor não é suficiente. Mas é libertador entender que você não precisa insistir onde não há espaço. Que amor de verdade não pede esforço constante pra ser sentido. Ele flui, acolhe, soma.
Você não está errada por querer reciprocidade. Por querer presença, compromisso, afeto. Isso não é carência — é saúde emocional.
Então, se você está tentando carregar sozinha uma relação que te esgota, talvez seja hora de soltar. Não por falta de amor. Mas por amor próprio.O amor certo não vai te pedir pra se diminuir. Ele vai te olhar inteira — e querer ficar.


